História do Brasil

Este blog é um trabalho coletivo das concluintes do curso Normal do Colégio Sagrada Família, sob a orientação da professora Caroline Pacievitch. Nossa idéia é manifestar nossos interesses a respeito da história do Brasil recente, postando textos, vídeos, fotos e curiosidades a respeito do período que vai de 1930 a 2008.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Nostalgia

Pode ser prepotência mas acredito que o tempo de nossa infância, nós que agora temos 16-18 anos, foi o fim de um período incrível de infância realmente vivida e divertida. Estou postando um vídeo que se chama "Saudades de uma infância verdadeiramente feliz"(parte 2) que apresenta uma mistura entre a infância dos anos 80(final) e 90.

O vídeo nos faz lembrar de clássicos como...
Jaspion, Power Rangers (turbo, que na minha opinião, é o melhor até hoje XD), Chapolim Colorado, alguns jogos de Super Nintendo (meu videogame mais querido ^^, entre os que eles mostram tem street fighter, top gear!), tazo, Chiquititas, O mundo de Beakman (per-fei-to, eu adorava o Lester e os pinguinzinhos ^^), LEGO (*-*), War, Chaves, Castelo rá-tim-bum (várias tardes em frente à tv assistindo as aventuras do Nino), Bichinho Virtual (minha mãe nunca quis me dar um ), Manda-Chuva, Roller, Yuyu Hakusho (gostava da Botan e do Kurama), Comandos em ação, mini game, yoyo (que agora voltou na moda XD), Dragon ball (animemaníaca desde pequenina XD), Atari (mais dos anos 80, nos 90 já estava ultrapassado pelo Super Nintendo), jogo da vida, Ace Ventura, Robocop (eu tinha medo dele), Família dinossauro (não é mamãe, não é mamãe!), Ursinhos carinhosos, Transformers (pra quem pensa que é novo...), Moranguinho, Balão mágico, XUXA e as pquitas (minhas "ídalas" de quando criança), De volta pro futuro (1.2 GIGAWATTS!!! -> acertei uma questão de física no vestibular de inverno porque vi esse filme na véspera), pirocoptero (era esse o nome? eu gostava, mas era coisa mais "de garoto"), Topo Gigio (esse já do tempo da minha mãe, um ratinho fofinho até), ET (filme incrível pra época, história triste), A pantera cor-de-rosa, Pica-pau (também voltou a moda), Simpsons (nunca saiu de moda XD), Tartarugas ninja (Pizza!!), SONIC!! E outros poucos que eu não citei (aqui estão quse todos).

Também devemos citar a música Aquarela, também, outra marca desses anos maravilhosos, foi feita por Toquinho para seu irmão acidentado e depois, tornou-se tema das propagandas da Faber Castell.

Espero que tenham se divertido e lembrado de alguns bons momentos, os outros vídeos (parte 1 e parte 3) também apresentam várias coisas interessantes e queridas por nós, vale a pena ver também no youtube.

Beijos meninas e prof,
com carinho,
Letícia ^^

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Coisas da infância anos 80

Olá meninas

Falei tanto das coisas da minha infância nos anos 80, que resolvi colocar aqui algumas coisas pra vocês conhecerem.

1) Minha boneca Margaridinha (a que tinha cheiro ruim, eheheheh)







2) Programa do Fofão, passava na Bandeirantes. Eu tinha um boneco do Fofão!
Não é verdade que vinha uma espada dentro dele, no meu, pelo menos, não tinha!






3) Nós nos divertíamos jogando Atari, eu tive um!!! E jogava pac-man, river ride, enduro...






4) Joguei muito bete-ombro na rua... Mas é óbvio que na minha rua não tinha asfalto.



5) Meu lanche na escola era quase sempre pão com margarina Claybom. Não sei por que, mas gosto de pão com margarina até hoje... A margarina Claybom era a da menininha. Aqui no Paraná não vi mais para vender, mas no Rio de Janeiro ainda existe!!! Matei saudades...






6) A única novela que eu lembro de ter assistido um pouco foi "Que rei sou eu", que era muito engraçada e criativa. Lá em casa, felizmente, não víamos muita tv. Estou lendo aqui no site onde pesquisei a imagem que a novela criticava a situação político no final dos anos 80. Bem, disso eu não lembro...



7) Por fim, algo sobre os uniformes escolares. Eles eram muito parecidos com o que era moda esportiva da época, ou seja, os agasalhos estilo Adidas (mas não de tactel, claro). Nas escolas municipais, eram azul-marinho com três ou quatro listras brancas nas mangas e na lateral das calças. Eu sempre ficava com os uniformes velhos do meu irmão, rs. Como não achei nenhuma foto aqui na net, colocarei a foto de um tênis que tive. Na propaganda, dizia assim: "Bubble Gummers, o sapatinho com cheirinho gostosinho"! eheheh, que saudades!



Viram, nem só de traumas vive uma professora, as lembranças que tenho de quando não estava na escola, durante os anos 80, são muito boas!!!

Que tal postarem algo a respeito da infância anos 90???

Beijo!

Prof Caroline

sábado, 15 de novembro de 2008

26 de Junho, a passeata dos 100 mil


No dia 26 de junho de 1968, cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato político na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo; dela participaram também intelectuais, artistas, padres e grande número de mães.


Desde 67, o movimento estudantil tornou-se a principal forma de oposição ao regime militar. Nos primeiros meses de 68, várias manifestações tinham sido reprimidas com violência. O movimento estudantil manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também à política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. A política de privatização tinha dois sentidos: era o estabelecimento do ensino pago (principalmente no nível superior) e outro, o direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão de obra especializada).Essas expectativas correspondiam a forte influência norte-americana exercida através de técnicos da USAID que atuavam junto ao MEC por solicitação do governo brasileiro, gerando uma série de acordos que deveriam orientar a política educacional brasileira. As manifestações estudantis foram os mais expressivos meios de denúncia e reação contra a subordinação brasileira aos objetivos e diretrizes do capitalismo norte-americano.




Joyce.

Edson Luís, o estudante morte durante a Ditadura Militar


1968. O mundo, em ebulição revolucionária, assiste aos protestos dos jovens contra a Guerra do Vietnã, o conservadorismo, o capitalismo e a Igreja. Na América Latina, Brasil e outros países vivem “anos de chumbo”, governados por ditaduras militares, apoiadas pelos EUA.


Neste cenário, há exatos 37 anos, no dia 28 de março, foi assassinado o estudante Edson Luís de Lima Souto, aos 16 anos, no Rio de Janeiro.


Naquele dia, os estudantes realizavam uma manifestação contra o aumento dos preços do restaurante Calabouço, criado para atender alunos carentes e custeado pelo governo. A Polícia Militar chegou ao local atirando, com ordem para “quebrar tudo” – desde 1964, a Lei Suplicy proibia mobilizações estudantis. Testemunhas contaram que Edson Luís, que nasceu no Pará e estudava no Rio de Janeiro, foi morto com um tiro à queima roupa. Diversos estudantes ficaram feridos e dois cidadãos foram atingidos pelos tiros “a esmo” dos policiais.


A morte de Edson Luís gerou uma onda de mobilizações e greves que se espalhou por todas as universidades do Rio de Janeiro e, logo, por todo o Brasil. Cerca de 50 mil pessoas acompanharam o enterro do estudante que se tornaria um mártir da luta contra a ditadura militar. A brutalidade e a inabilidade da polícia provocaram o repúdio até mesmo dos setores mais conservadores e da classe média. As cenas de violência, porém, estavam apenas começando.
Renata Eidam.

Pra não dizer que não falei das flores

Pra não dizer que não falei das flores, de Geraldo Vandré, acompanhado por um coral de milhares de pessoas.

As imagens referem-se à resistência e à repressão durante a ditadura militar, incluindo a Passeata dos 100 mil e o enterro do estudante Edson Luis.

Espero que gostem!




Prof. Caroline

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trajetória Política de Brizola após o Golpe de 1964



O Golpe De 64 no Brasil Em 31 de Março de 1964, os militares não-legalistas depõem Jango do poder, com apoio ostensivo de setores da sociedade temerosos com o rumo esquerdizante do governo Goulart. As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura de cunho militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos. Os dias seguintes ao golpe Brizola tentou organizar uma resistência ao golpe a partir do Rio Grande do Sul, para onde se dirigiu João Goulart no dia 2 de abril de 1964; Sem apoio Brizola também foi para lá, onde viveu alguns anos, até ser perseguido naquele país, por intervenção do regime militar brasileiro. Seu nome estaria na primeira lista de cassados pelo Ato Institucional Número Um, em 10 de abril de 1964, junto com 102 pessoas, incluindo João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes e Celso Furtado. Vida no exílio No Uruguai, Brizola acabou se tornando um ponto focal para o encontro de outros descontentes com o regime militar. Assim que chega, reúne todos os exilados em um cinema e faz um discurso inflamado, iniciando a organização do grupo de exilados e criando o embrião do que viria se tornar o Movimento Nacionalista Revolucionário, possivelmente o desencadeador da luta armada no Brasil. Em janeiro de 1965, Brizola teria assinado o Pacto de Montevidéu, que criava uma frente revolucionária, a Frente Popular de Libertação. Teriam assinado também Max da Costa Santos, José Guimarães Neiva Moreira, Darcy Ribeiro e Paulo Schilling, além de representantes da Ação Popular (AP), com Aldo Arantes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com Hércules Correia dos Reis, do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), com Cláudio Antônio Vasconcelos Cavalcanti, e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A Frente, que deveria organizar ações de sabotagem e guerrilha, não chegou a nenhum resultado prático. Segundo esta fonte, sua estratégia incluía iniciar três focos de guerrilha simultâneos: no norte do Rio Grande do Sul, sob a liderança de Amadeu Felipe da Luz Ferreira, ex-sargento, no centro do Brasil, sob a liderança de Flávio Tavares, e no Mato Grosso, sob a liderança de Dagoberto Rodrigues. O grupo de Amadeu acabaria transferido para Caparaó, região da Serra do Mar,onde se organizou mas acabou se rendendo sem combates. Já em 1967 o MNR estava destroçado pela repressão e se dissolveria, indo parte de seus militantes para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e outra fundando o Movimento Armado Revolucionário (MAR). Moniz Bandeira e Brizola em Paris. Segundo Darcy Ribeiro, Brizola continuaria no Uruguai tentando organizar a luta armada contra a ditadura, até ser expulso e conseguir asilo, surpreendentemente, nos Estados Unidos e depois em Lisboa, onde, com o apoio de Moniz Bandeira, iniciaria os contatos com Internacional Socialista, Mário Soares, Willy Brandt, François Mitterrand e planejaria a reorganização do PTB. Pós-anistia Com a anistia brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil. Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar, Brizola quis assumir a antiga legenda PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), mas perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE para Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio. Fundou, então, juntamente com outros trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o PDT. O partido viria a se juntar à Internacional Socialista em 1986, quando Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade. (Poucos meses antes de morrer, Brizola foi feito presidente de honra da IS). Na primeira eleição de que participa após o exílio, Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra Cavalcanti, Moreira Franco e Miro Teixeira, que perdem força com a entrada de Brizola no páreo. Tal eleição foi marcada pelo caso Proconsult. O projeto principal e mais polêmico de suas duas gestões no governo fluminense foram os Centros Integrados de Educação Pública, os Cieps. Tratam-se de escolas idealizadas, na sua concepção pedagógica, pelo professor Darcy Ribeiro. Seus prédios se diferenciam bastante das escolas tradicionais e tem o desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas e regiões da periferia da capital e do estado. Isso consolidou o brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram os Cieps de Brizolões. Os opositores diziam que os Cieps eram caros, de custosa manutenção. E ainda acusavam Brizola de utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral visando a conquista do eleitorado de outros estados pois muitos foram erguidos na beira de rodovias. Embora tenha sido um dos mais exaltados opositores das ações do governo Collor, principalmente no tema das privatizações, Brizola estabeleceu relações cordiais com o presidente, justificando-as como necessário relacionamento respeitoso entre um governador de estado e o presidente, em face dos interesses da administração pública.. Foi um crítico severo da CPI que investigava o esquema de Paulo César Farias pelas vinculações que os integrantes da CPI atribuíam entre o esquema PC e presidente da República e afirmava que o presidente estava sofrendo um golpe. Esse fato causou um desgaste enorme para Brizola junto ao seu eleitorado e a seus aliados políticos. Após isso, Brizola não conseguiu mais vencer nenhuma eleição que disputou.Em 1998 apoiou o candidato de seu partido ao governo do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. A vitória deste na eleição levou o brizolismo de volta ao poder estadual.




Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1705786-golpe-64-brasil/, acesso em 14/11/2008.





Karen

Governo João Goulart


João Goulart (Jango) assumiu a presidência em 7 de setembro de 1961, sob o regime parlamentarista, e governou até o Golpe de 64, em 1º de abril. Seu mandato foi marcado pelo confronto entre diferentes políticas econômicas para o Brasil, conflitos sociais e greves urbanas e rurais. Seu governo é usualmente dividido em duas fase: Fase Parlamentarista (da posse em 1961 a janeiro de 1963) e a Fase Presidencialista (de janeiro de 1963 ao Golpe em 1964).

Plano Trienal - João Goulart realizou um governo contraditório. Procurou estreitar as alianças com o movimento sindical e setores nacional-reformistas, mas paralelamente tentou implementar uma política de estabilização baseada na contenção salarial. Seu Plano Trienal de Desenvolvimento Econômico e Social, elaborado pelo ministro do Planejamento Celso Furtado, tinha por objetivo manter as taxas de crescimento da economia e reduzir a inflação. Essas condições, exigidas pelo FMI, seriam indispensáveis para a obtenção de novos empréstimos, para a renegociação da dívida externa e para a elevação do nível de investimento.

Reformas de Base - O Plano Trienal também determinou a realização das chamadas reformas de base: reforma agrária, fiscal, educacional, bancária e eleitoral. Para o governo, elas eram necessárias ao desenvolvimento de um "capitalismo nacional" e "progressista".

O anúncio dessas reformas aumentou a oposição ao governo e acentuou a polarização da sociedade brasileira. Jango perdeu rapidamente suas bases na burguesia. Para evitar o isolamento, reforçou as alianças com as correntes reformistas: aproximou-se de Leonel Brizola, então deputado federal pela Guanabara, de Miguel Arraes, governador de Pernambuco, da UNE (União Nacional dos Estudantes) e do Partido Comunista, que, embora na ilegalidade, mantinha forte atuação nos movimentos popular e sindical. O Plano Trienal foi abandonado em meados de 1963, mas o Presidente continuou a implementar medidas de caráter nacionalista: limitou a remessa de capital para o exterior, nacionalizou empresas de comunicação e decidiu rever as concessões para exploração de minérios. As retaliações estrangeiras foram rápidas: governo e empresas privadas norte-americanas cortaram o crédito para o Brasil e interromperam a negociação da dívida externa.




Vanderlúcia Cordeiro Matos