História do Brasil

Este blog é um trabalho coletivo das concluintes do curso Normal do Colégio Sagrada Família, sob a orientação da professora Caroline Pacievitch. Nossa idéia é manifestar nossos interesses a respeito da história do Brasil recente, postando textos, vídeos, fotos e curiosidades a respeito do período que vai de 1930 a 2008.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Trajetória Política de Brizola após o Golpe de 1964



O Golpe De 64 no Brasil Em 31 de Março de 1964, os militares não-legalistas depõem Jango do poder, com apoio ostensivo de setores da sociedade temerosos com o rumo esquerdizante do governo Goulart. As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura de cunho militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos. Os dias seguintes ao golpe Brizola tentou organizar uma resistência ao golpe a partir do Rio Grande do Sul, para onde se dirigiu João Goulart no dia 2 de abril de 1964; Sem apoio Brizola também foi para lá, onde viveu alguns anos, até ser perseguido naquele país, por intervenção do regime militar brasileiro. Seu nome estaria na primeira lista de cassados pelo Ato Institucional Número Um, em 10 de abril de 1964, junto com 102 pessoas, incluindo João Goulart, Jânio Quadros, Luís Carlos Prestes e Celso Furtado. Vida no exílio No Uruguai, Brizola acabou se tornando um ponto focal para o encontro de outros descontentes com o regime militar. Assim que chega, reúne todos os exilados em um cinema e faz um discurso inflamado, iniciando a organização do grupo de exilados e criando o embrião do que viria se tornar o Movimento Nacionalista Revolucionário, possivelmente o desencadeador da luta armada no Brasil. Em janeiro de 1965, Brizola teria assinado o Pacto de Montevidéu, que criava uma frente revolucionária, a Frente Popular de Libertação. Teriam assinado também Max da Costa Santos, José Guimarães Neiva Moreira, Darcy Ribeiro e Paulo Schilling, além de representantes da Ação Popular (AP), com Aldo Arantes, do Partido Comunista Brasileiro (PCB), com Hércules Correia dos Reis, do Partido Operário Revolucionário Trotskista (PORT), com Cláudio Antônio Vasconcelos Cavalcanti, e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB). A Frente, que deveria organizar ações de sabotagem e guerrilha, não chegou a nenhum resultado prático. Segundo esta fonte, sua estratégia incluía iniciar três focos de guerrilha simultâneos: no norte do Rio Grande do Sul, sob a liderança de Amadeu Felipe da Luz Ferreira, ex-sargento, no centro do Brasil, sob a liderança de Flávio Tavares, e no Mato Grosso, sob a liderança de Dagoberto Rodrigues. O grupo de Amadeu acabaria transferido para Caparaó, região da Serra do Mar,onde se organizou mas acabou se rendendo sem combates. Já em 1967 o MNR estava destroçado pela repressão e se dissolveria, indo parte de seus militantes para a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e outra fundando o Movimento Armado Revolucionário (MAR). Moniz Bandeira e Brizola em Paris. Segundo Darcy Ribeiro, Brizola continuaria no Uruguai tentando organizar a luta armada contra a ditadura, até ser expulso e conseguir asilo, surpreendentemente, nos Estados Unidos e depois em Lisboa, onde, com o apoio de Moniz Bandeira, iniciaria os contatos com Internacional Socialista, Mário Soares, Willy Brandt, François Mitterrand e planejaria a reorganização do PTB. Pós-anistia Com a anistia brasileira de fins da década de 1970, retornou ao Brasil. Com a reversão do sistema bipartidário antes imposto pelo regime militar, Brizola quis assumir a antiga legenda PTB (Partido Trabalhista Brasileiro), mas perdeu a disputa do registro junto ao Tribunal Superior Eleitoral - TSE para Ivete Vargas, sobrinha de Getúlio. Fundou, então, juntamente com outros trabalhistas históricos e novos simpatizantes, o PDT. O partido viria a se juntar à Internacional Socialista em 1986, quando Brizola foi elevado a vice-presidente da entidade. (Poucos meses antes de morrer, Brizola foi feito presidente de honra da IS). Na primeira eleição de que participa após o exílio, Brizola é eleito governador do Rio de Janeiro no ano de 1982. A eleição vinha sendo disputada por Sandra Cavalcanti, Moreira Franco e Miro Teixeira, que perdem força com a entrada de Brizola no páreo. Tal eleição foi marcada pelo caso Proconsult. O projeto principal e mais polêmico de suas duas gestões no governo fluminense foram os Centros Integrados de Educação Pública, os Cieps. Tratam-se de escolas idealizadas, na sua concepção pedagógica, pelo professor Darcy Ribeiro. Seus prédios se diferenciam bastante das escolas tradicionais e tem o desenho arquitetônico de Oscar Niemeyer. Foram construídos, na sua maioria, em favelas e regiões da periferia da capital e do estado. Isso consolidou o brizolismo entre os eleitores destas áreas que batizaram os Cieps de Brizolões. Os opositores diziam que os Cieps eram caros, de custosa manutenção. E ainda acusavam Brizola de utilizar os centros como arma de propaganda eleitoral visando a conquista do eleitorado de outros estados pois muitos foram erguidos na beira de rodovias. Embora tenha sido um dos mais exaltados opositores das ações do governo Collor, principalmente no tema das privatizações, Brizola estabeleceu relações cordiais com o presidente, justificando-as como necessário relacionamento respeitoso entre um governador de estado e o presidente, em face dos interesses da administração pública.. Foi um crítico severo da CPI que investigava o esquema de Paulo César Farias pelas vinculações que os integrantes da CPI atribuíam entre o esquema PC e presidente da República e afirmava que o presidente estava sofrendo um golpe. Esse fato causou um desgaste enorme para Brizola junto ao seu eleitorado e a seus aliados políticos. Após isso, Brizola não conseguiu mais vencer nenhuma eleição que disputou.Em 1998 apoiou o candidato de seu partido ao governo do estado do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho. A vitória deste na eleição levou o brizolismo de volta ao poder estadual.




Fonte: http://pt.shvoong.com/humanities/1705786-golpe-64-brasil/, acesso em 14/11/2008.





Karen

6 Comentários:

Blogger Caroline Pacievitch disse...

Oi Karen

Seu texto está um tanto quanto extenso, poderia ter resumido e melhorado o visual um pouco.

Sugiro também que substitua o título por: trajetória política de Brizola após o golpe de 1964.

No mais, tudo ok, gostei bastante da imagem escolhida, acho bem representativa a figura.

E as demais, gostaram? O que aprenderam com essa postagem? O que pensam a respeito das obras de Brizola no campo da educação durante seu governo no Rio de Janeiro?

15 de novembro de 2008 às 09:45  
Blogger Unknown disse...

"As promessas de manutenção da democracia e de realização das eleições presidenciais de 1965 não foram cumpridas e uma ditadura de cunho militar se instalou no Brasil, perdurando por 21 anos."

Não foi somente isso que não foi cumprido. Muitas coisas foram proibidas durante a Ditadura Militar. O pior é ficar durante 21 anos sem o seu direito de se expressar livremente.

15 de novembro de 2008 às 16:30  
Blogger 3 Normal disse...

Concordo sobre o comentário d sobre o texto estar um pouco extenso demais, poderia ter enxugado um poquinho.
Mas sobre Brizola, ele foi autoritário, prometeu democracia e transformou o Brasil numa ditadura, além de que começou errado tomando o poder do Goulart quem presidia na época.
Beiijos...
Carla e Edinéia

15 de novembro de 2008 às 23:36  
Blogger Caroline Pacievitch disse...

Carla e Edinéia, o Brizola não tomou o poder de Goulart. Quem fez isso foram os militares através do Golpe.
O Brizola era oposição ao Regime, somente após a Abertura é que ele conseguiu um espaço novamente na política.

Abraço

17 de novembro de 2008 às 12:24  
Blogger Unknown disse...

Gostariamos de contribuir falando curiosidades da fala de Brizola.

Pois sua retórica era inflamada. Não perdia oportunidade para criar caricaturas verbais de seus oponentes, como ao chamar Lula de "Sapo Barbudo" e Moreira Franco de "Gato Angorá". Era um orador carismático, capaz de provocar reações fortes entre partidários e adversários. Seu discurso era baseado em pontos como a valorização da educação pública e a questão da "perdas internacionais" (pagamento de encargos da dívida externa e envio de lucros ao exterior).
Thaylise e Evelyn

19 de novembro de 2008 às 19:24  
Blogger 3 Normal disse...

ahahahahahah!!!

O Brizola foi um grande líder da esquerda brasileiras, mas essas metáforas... putz...

Prof. Caroline

19 de novembro de 2008 às 19:57  

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